Para Lembrar

«Para ser grande, sê inteiro: nada teu exagera ou exclui. Sê todo em cada coisa. Põe quanto és no mínimo que fazes. Assim em cada lago a lua toda brilha, porque alta vive.»

Myself

Myself

domingo, 31 de outubro de 2010

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Este foi o texto que escrevi há uns tempos reencontrei-o numa limpeza que estava a fazer no PC e resolvi publicá-lo aqui no blog.

Não há nada que nos marque mais que o primeiro amor.
As minhas histórias de amor não devem ser muito diferentes das outras histórias de amor: muita paixão e falta de ar no início, necessidade constante da presença daquele ser ao nosso lado, até que tudo parece perder a intensidade do início. Aparece a falta de comunicação, falta de paciência, desculpas rápidas, traições…Enfim, um imenso de tudo o que é bom e mau.

Pois bem, eu não lamento nenhuma das minhas relações com todas elas aprendi e afinal só vivemos com o que escolhemos. A história que aqui quero deixar reflecte isso mesmo – o que de melhor e pior se pode tirar de uma história de amor. .

Aos quinze anos nunca pensamos racionalmente, o coração é sempre um furacão. Conheci o P desde sempre mas só, aos meus catorze anos e quinze dele, nos vimos com olhos de ver. Ele namorava (com muitas) e sempre soube que não era rapaz de relações sérias. Em nada me atraía mas conversávamos imenso. Até ao dia que ele se declara e o meu coração nem acreditou no que ouvia. Disse-lhe que estava maluco e que éramos só amigos. Ele terminou o namoro com a namorada (e as outras) fez declarações públicas, comprava-me prendas, telefonava, fazia-me desenhos e escrevia-me músicas que me dedicava nos concertos (ele era vocalista de uma banda) … Quem não se apaixonava? Pois! Contra a vontade dos meus pais (que não gostavam das tatuagens e piercings, já para não falar da fama de namoradeiro) vivi intensamente um amor no qual aprendi a entrega e dedicação. A viver por mim e por nós. Usávamos muito a expressão «Dois num só». Ele prometeu ser o meu Principezinho e sempre iria cuidar de mim. Os dois primeiros anos foram lindos: o primeiro beijo, a primeira noite de amor, as primeiras férias a dois, o primeiro Amo-te, as intensas experiências sexuais, jantares românticos, sessões de cinema tardias, diários e fotos a dois… Até que a adolescência nos faz crescer em sentidos diferentes. Aos dezassete anos não sabemos o que queremos mas sabemos bem o que não queremos. Surgiram a discussões, o afastamento, os programas individuais começaram a prevalecer. Ele deixou de estudar. Dedicava-se à banda e ao trabalho. Trabalhava de noite, ensaiava à tarde e de manhã dormia. Eu dediquei-me à escola e aos amigos. Deixámos e surgiu a traição, o arrependimento. Voltámos a tentar, mas quando não dá não vale a pena forçar. Tivemos uma relação de cinco anos. Crescemos a dois e separámo-nos sozinhos. Arrependo-me de atitudes que tomei e orgulho-me de outras tantas. O primeiro amor é sempre o mais intenso, aquele que nos marca para sempre (no bom e mau sentido). 

O Mundo precisa de Amor. Uma má experiência ensina-nos a melhorar a seguinte. Uma boa experiência ajuda-nos a tornar o mundo um sítio mais bonito de se viver.

A quem namorei e a quem espero namorar, obrigada por fazerem de mim em cada momento de partilha uma mulher mais única.



Love will save the world









Um misto de sentimentos

É assim que me sinto: quer bem quer com uma ansiedade inexplicável.
Apetece-me não sei o quê... tenho uma «fome» sem nome.
Vagueio pelas ruas e voo por entre o espaço preenchido de pensamentos sem rumo definido. Tenho a minha cabeça cheia de planos e ambições. Será tipico da idade? Da fase da vida em que estou?
O que é positivo ( e também não sou de muitos lamentos exteriores) é que me tenho aguentado bem, interiormente. Claro que há alturas em que só me apetece gritar e explodir todas as emoções que sinto, mas não há palavras que as expliquem e tenho a certeza que ninguém compreenderia o que quer que fosse que saisse da minha exteriorização. Assim continuo o meu caminho na esperança de encontrar, com alguma brevidade, espero!, as respostas para o meu caminho sem destino.
Vou continuar a divagar nos meus pensamentos...