E hj não podia deixar de passar por aqui e não escrever sobre as minhas queridas avós. Não tenho lembrança dos avôs, porque faleceram quando eu ainda era bastante novinha. Lembro-me apenas de correr para o colo do meu avô paterno e nada mais.
Mas das minhas avós recordo muito. A minha avó paterna soferu de alzeimer nos últimos anos de vida e as conversas que fazia comigo eram desconexas, mas adorava os cabelos brancos dela e a postura das mãos, sempre prontas a dar e receber. Não convivi tanto com ela como com a minha avó materna, e é dela que tenho as melhores lembranças. Os sorrisos, os ralhetes, os bolos, o cheiro... Adorava chegar a Agosto e ir ter com ela ao norte. Ela largava tudo para receber os netos e só não nos dava o que não podia. Sinto muitas saudades daquela face enrugada e tão fofa, aquela pele marcada de histórias.
Tenho tantas memórias felizes das minhas avós. Já faleceram as duas e foram dias duros, por perder estas fortes referências, e muito mais por ver o sofrimento dos meus pais.
Tenho foto de cada uma delas no meu quarto e adoro olhar para elas.
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